Marketing Digital para Artistas: como empreender na era digital?

A lógica da indústria da música mudou: agora, ao invés de esperar por uma oportunidade, artistas independentes podem se lançar sozinhos no mercado. Saiba como fazer isso com eficiência!

Com a popularização das redes sociais e das plataformas de streaming nas últimas duas décadas, a indústria da música passou por mudanças significativas. Se antes um cantor precisava chamar a atenção de um grande empresário para lançar sua carreira, agora pode se lançar de forma independente, tornando-se, além de artista, um empreendedor.

Hoje, é possível distribuir suas próprias músicas em lojas digitais e serviços de streaming, por meio de plataformas e distribuidoras digitais independentes. Também é possível divulgar seu trabalho sozinho, utilizando redes sociais como o Instagram e TikTok. Contudo, gerenciar a própria carreira pode levar a um acúmulo de funções, afinal, além de compor, cantar e gravar sua música, o artista precisaria cuidar de todo o processo de distribuição e marketing. Isso certamente esgotaria o artista.

Dito isso, como empreender na música, na era digital? Para sanar esta dúvida, conversamos com os especialistas em música da New Music Brasil, empresa de distribuição digital e marketing musical. Eles separaram quatro dicas para artistas independentes que desejam empreender na música. Confira:

1- Não tente dar conta de tudo

Primeiramente, é preciso esclarecer que ser um artista independente não significa necessariamente fazer tudo sozinho, até porque, não é todo cantor que possui um talento nato para negócios. Em outras palavras, saber o que você consegue fazer sozinho e no que precisará de ajuda é o primeiro passo para empreender na música.

Portanto, investir em uma equipe especializada pode fazer toda a diferença na carreira de um artista independente. Vale a pena pesquisar bem antes de distribuir sua música, você pode descobrir que alguns investimentos são bem acessíveis.

2- Conheça seu próprio trabalho

Entender quem você é enquanto artista é essencial para consolidar uma base de fãs e crescer na indústria. Fique antenado nas tendências, defina seu estilo e trace objetivos concretos para sua carreira. Feito isso, estude seu público-alvo e elabore estratégias para alcançá-lo com sua música. Mas, nada de se comparar a artistas consagrados, se você não está neste ponto da sua carreira. Pode parecer cruel, mas é importante saber o seu lugar na indústria musical.

3- Saiba onde publicar suas músicas

“Divulgar as músicas no mundo digital é um dos grandes desafios para os artistas independentes da atualidade, exigindo trabalho, dedicação e capacitação contínua”, afirma Eriton Bezerra, CEO da New Music Brasil

E não é para menos: segundo dados da Loud & Clear do Spotify, o maior serviço de streaming de música do mundo com mais de 551 milhões de assinantes, no ano passado já haviam 158 milhões de faixas disponíveis na plataforma. Essa proporção entre assinantes e material disponível mostra o quão difícil é chamar atenção no mundo da música, principalmente quando se está começando do zero.

“Investir em estratégias personalizadas para o lançamento de cada single, realizar parcerias estratégicas e buscar entrar em playlists de fãs e parceiros digitais são algumas das formas de obter destaque nas plataformas de streaming”, explica Caroline Bezerra, CMO da New Music Brasil.

4- Invista em marketing digital

Segundo dados da empresa Meta, o Instagram e o Facebook possuem juntos mais de 220 milhões de usuários ativos no Brasil. Já o TikTok, que se tornou uma das maiores plataformas de vídeos em todo o mundo, ultrapassa 82 milhões de usuários no Brasil, conforme pesquisa da DataReportal. Ou seja, na era digital, ter presença forte nas redes sociais é fundamental para tornar seu nome conhecido. 

Por fim, ao lançar uma música, pense em como fazê-la chegar aos ouvintes. Criar conteúdos de pré-lançamento e investir em anúncios pagos são algumas das estratégias indicadas pela New Music Brasil. 

Porém, para quem deseja começar a investir em anúncios, Caroline Bezerra alerta sobre a importância do artista buscar empresas e parceiros certificados por programas como Google Partners e Meta Business Partners.

“Como essas certificações possuem critérios rígidos e precisam ser renovadas constantemente, você tem a garantia de que seus parceiros estarão realmente atualizados sobre as melhores práticas do mercado digital”, aponta a especialista.

Dia do Cantor: 3 dicas para viver de música

Quer viver de música, mas não sabe por onde começar? Os artistas da New Music Brasil te explicam!

No dia 13 de julho é comemorado o Dia do Cantor, e pensando em quem tem o sonho de ingressar nesta carreira, mas não sabe como, a New Music Brasil revela três dicas valiosas para você viver de música. Quem explica essas dicas são os próprios artistas da empresa. Confira!

Dica 1: Seja persistente

Para a dupla sertaneja Vini & Bisioli, a persistência é essencial para ter sucesso na música, afinal, é preciso muita paciência e dedicação para se estabilizar na carreira. “Faça uma escolha e persista nela. Tenha foco e faça o que estiver ao seu alcance para realizar seu sonho, sem nunca deixar de lado os fãs que você já tem. Uma hora, a oportunidade chega”, comentam. 

Quem também partilha dessa opinião é o cantor sertanejo Renato Vianna, conhecido por ganhar a quarta edição do programa The Voice Brasil. “Você tem que agarrar toda oportunidade que aparecer. Faça o que é possível e deixa acontecer”, aconselha.

Renato Vianna | Fonte: Vírgula

Dica 2: Nunca pare de estudar

Já para Júlio Negrini, criador da banda Decifrada, entender o funcionamento da indústria musical é essencial para alcançar o sucesso, o que exige estudo e experiência profissional. 

“Antes de tocar profissionalmente, tive a oportunidade de ser promotor em muitas casas de evento. Com isso, aprendi como funcionava todo o processo de contratação. E antes de produzir bandas e compor minhas próprias canções, eu me dediquei a entender os processos de composição e produção por trás de outros artistas”, explicou.

Porém, mais do que ser um artista, ele percebeu que queria ajudar outros artistas a alcançarem seus objetivos. Por isso, hoje ele é responsável pela banda Decifrada, uma produção artística e musical focada em canções onde as mulheres são protagonistas, tanto como artistas quanto em relação aos temas das letras. 

Dica 3: Tenha um Plano B

Segundo Vini, da dupla Vini & Bisioli, todo artista iniciante pode se deparar com alguns desafios, como falta de oportunidades, desvalorização, dificuldades financeiras e imaturidade. Até superar esses obstáculos e conquistar seu espaço no mercado da música, o artista precisa encontrar meios de se sustentar e investir na carreira, como um trabalho paralelo à música.

Essa foi a solução encontrada por Vini. Durante anos, ele enfrentou uma jornada dupla, mesclando a carreira musical com outros trabalhos, pois esta era a única forma de manter seu sonho vivo. “Trabalhei de vendedor de picolé até bancário”, conta Vini. Até que ele encontrou um empresário que lhe convidou para formar uma dupla com um de seus artistas: Bisioli.

Vini & Bisioli | Fonte: Gazeta da Semana

Bisioli também precisou conciliar a música com outro trabalho no início da carreira. Porém, o cenário mudou quando ele conquistou uma cartela de clientes. “Quando vi que dava pra salvar as contas de casa trabalhando só com a música, larguei o emprego e foquei no meu projeto”, relatou.

Hoje, Vini & Bisioli possuem cerca de 2,5 milhões de visualizações no YouTube e mais de 5 milhões de streams no Spotify. 

Gostou dessas dicas? Confira mais conteúdos como esse aqui no blog da New Music Brasil!

Indústria da música: a luta pelo destaque nas plataformas de streaming

Com milhões de faixas disponíveis nas plataformas digitais, e o crescimento contínuo do mercado, saber quando e como lançar um novo projeto é fundamental para alcançar o sucesso na indústria da música.

De acordo com informações da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), a indústria da música brasileira cresceu 15,4% em 2022. O número está acima da média global, que foi de 9% no mesmo período. Isso ocorreu especialmente devido ao impulso dos serviços de streaming, que atualmente representam 86,2% das receitas totais da indústria da música. Com isso, o Brasil chegou a 9ª posição no ranking global.

O relatório do IFPI também indica que a indústria fonográfica nacional arrecadou R$ 2,5 bilhões em 2022. Além disso, segundo dados da Loud & Clear do Spotify, ano passado já haviam 158 milhões de faixas disponíveis na plataforma.

Dessa forma, conseguir destaque nos serviços de streaming é um desafio, e para contorná-lo diversos artistas apostam em estratégias de lançamentos constantes. Afinal, a própria estrutura dessas plataformas favorece o consumo de músicas novas. Contudo, publicar muitos conteúdos em um curto período de tempo nem sempre é o melhor caminho, ainda mais quando falamos em artistas independentes.

Lançamentos na indústria da música

“A constância dos lançamentos depende muito da capacidade criativa e financeira do artista. Ou seja, não adianta lançar com frequência sem ter um projeto artístico, e isso precisa ser avaliado caso a caso, de acordo com o perfil do artista e do seu público-alvo”, explica Eriton Bezerra, CEO da New Music Brasil.

Empresa especializada na indústria da música, a New Music Brasil tem centenas de artistas independentes em seu catálogo. E para elaborar o plano de carreira de cada um, a empresa foca no potencial de crescimento de seus artistas, buscando auxiliá-los a construir uma “personalidade musical”, nas palavras do CEO. A partir daí, são elaboradas as estratégias de lançamento que melhor atendam às necessidades e condições do artista.

Em outras palavras, não existe uma fórmula ideal que se aplica a todos os artistas. Ainda que os serviços de streaming favoreçam a lógica de lançamentos constantes, fatores como a condição financeira e personalidade musical do artista, além das características do público-alvo, precisam ser levados em consideração.

Quando uma música deixa de ser novidade na indústria?

Eriton Bezerra explica que a primeira semana após o lançamento de uma música é fundamental para atrair a atenção dos ouvintes pela novidade. Além disso, conforme análise da British Phonographic Industry (BPI), duas semanas é o tempo que uma faixa pode levar para atingir seu pico comercial após o lançamento. Ao mesmo tempo, faixas com mais de um ano são atualmente definidas pelos players de mercado (gravadoras e selos) como catálogo.

No entanto, o desempenho das músicas nas plataformas digitais pode crescer em até 12 meses. “Se olharmos para os analíticos, a grande maioria das músicas de maior performance no meio digital chegam no seu melhor desempenho entre 5 e 10 meses após a publicação, praticamente no momento em que a música começa o seu caminho para virar uma faixa de catálogo”, comenta Eriton.

Já no segundo ano, o desempenho de uma música cai em média 65%, e segue caindo até se estabilizar como faixa de catálogo, mantendo um consumo em torno de 10 a 15%, na comparação com o primeiro ano, segundo Eriton Bezerra.

Lançamentos ou catálogos: no que investir?

Recentemente, um dos maiores players da indústria da música do mundo anunciou que não fará mais distinção entre lançamentos de músicas novas e músicas de catálogo. A proposta visa promover todas as faixas da empresa com o mesmo empenho.

Para Eriton Bezerra, “são dois caminhos diferentes, ambos muito importantes. Investir em catálogos faz muito sentido quando pensamos em projetos de carreira. Já o repertório de artistas emergentes tem maior apoio nos lançamentos. A melhor estratégia é mesclar os dois caminhos, sempre segundo o perfil de cada artista e gênero musical”.

Dia do Trabalho: Indústria da música fatura bilhões e gera empregos no Brasil

Com crescimento acelerado e acima da média mundial, a indústria fonográfica brasileira faturou R$ 2,5 bilhões em 2022, mostrando-se promissora para os profissionais da música.

A indústria fonográfica brasileira cresceu acima da média mundial em 2022, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Enquanto o mercado global da música cresceu 9% em 2022, em comparação ao ano anterior, o brasileiro cresceu 15,4%, alcançando a 9º posição no ranking global. Ao todo, o setor arrecadou R$ 2,5 bilhões no ano passado, impulsionado pelo crescimento dos serviços de streaming, que foram responsáveis por 86,2% do total das receitas.

Contudo, esses números positivos não são novidade. De acordo com a entidade Pro-Música, o setor fonográfico vem crescendo há seis anos consecutivos no país. Isso gera empregos para a população e destaca a música brasileira no cenário mundial. E não é apenas o segmento musical que desponta na economia brasileira. Conforme relatório do Observatório Itaú, a cultura e as indústrias criativas do Brasil, em geral, crescem de forma acelerada desde 2012. Além disso, avançam mais do que a economia total do país. Enquanto esta subiu 55% entre 2012 e 2020, a Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) avançou 78% no período. 

Indústria da Música: Superando dificuldades

Mas nem tudo são flores. Devido às restrições provocadas pela pandemia, 89% dos trabalhadores da música perderam renda em 2021. Os dados são da União Brasileira de Compositores (UBC) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Ainda assim, a indústria fonográfica brasileira encontrou maneiras de continuar faturando. Desse modo, logo em 2022, conseguiu superar a média mundial, entrando para o Top 10 da indústria global de música. 

O crescimento acelerado em muito se deve à popularização dos serviços digitais de streaming, como o Spotify, que se mostraram como uma alternativa para o consumo de música em meio à impossibilidade de eventos presenciais. Quem soube aproveitar a onda digital, superou os obstáculos da pandemia e fez parte do crescimento do setor, como foi o caso da New Music Brasil, empresa de edição e distribuição digital de músicas e marketing musical, que está há mais de 20 anos no mercado.

“Em 2019, éramos apenas quatro colaboradores. Porém, com o ‘boom’ do digital, fez-se necessário ampliar a equipe para atender às novas exigências da indústria da música. Depois que nos adequamos às estratégias atuais de distribuição e reforçamos a importância do marketing, a empresa teve o assombroso crescimento de 600%”, relata Caroline Bezerra, CMO da New Music Brasil.

Esse caso de sucesso é somente um entre muitos exemplos do crescimento da indústria fonográfica brasileira, demonstrando o potencial do setor, que movimenta bilhões de reais anualmente, gerando empregos e renda para a população.