Marketing Digital: 3 Dicas para você estourar na música

Conseguir destaque no mundo digital é um desafio para os cantores atuais. Por isso, empresas e artistas independentes apostam no marketing digital musical. Saiba mais:

Com milhões de músicas disponíveis nos meios digitais, os cantores atuais precisam ser criativos para conseguir destaque. Dessa forma, empresas especializadas em música e artistas independentes apostam no marketing digital para gerar visibilidade.

E se você também quer começar a investir em marketing digital musical para alavancar sua carreira, mas não sabe como, confira três dicas valiosas sobre o tema:

1- Tenha presença forte nas redes sociais

Segundo dados da Meta, o Instagram e o Facebook somam mais de 220 milhões de usuários ativos no Brasil. Outra rede social popular no país é o TikTok, que possui 82,2 milhões de usuários, conforme pesquisa da DataReportal.

Assim sendo, ter presença forte nas redes sociais é uma forma eficaz de tornar seu nome e suas músicas conhecidas. Entender as características do seu público-alvo, ficar atento às tendências do momento e interagir com seus seguidores sempre que possível são boas práticas de marketing digital.

Nesse sentido, a dupla sertaneja Cácio & Marcos é um bom exemplo de sucesso nas redes sociais. Com mais de 70 mil seguidores no Instagram, a dupla esbanja carisma em conteúdos variados, sempre com muito humor e dialogando com temas que fazem parte da vida de seus seguidores.

Cácio & Marcos

2- Saiba onde publicar suas músicas

Serviços de streaming como Spotify e YouTube são os principais meios de consumo de música. Desse modo, um artista atual precisa se manter antenado em relação aos streamings para alcançar seu público.

Além de saber escolher os canais certos para publicar suas músicas, o artista precisa conhecer as técnicas para se manter relevante nessas plataformas, aumentando seus seguidores e o número de plays em seus conteúdos.

Investir em artes personalizadas para cada single, realizar parcerias estratégicas e buscar entrar em playlists de fãs e parceiros digitais são formas de obter destaque nas plataformas de streaming.

Um exemplo de sucesso é a dupla de “agronejo” Brenno & Matheus. Os artistas têm mais de 100 mil seguidores e 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify. Ao todo, são mais de 70 milhões de streams na plataforma.

Brenno & Matheus

Outro gigante da internet é o rapper gospel Thiagão. São mais de 700 mil inscritos e 130 milhões de streams no YouTube.

Thiagão

3- Invista em anúncios

Por fim, lançar uma música não é simplesmente publicá-la nos streamings. É preciso saber divulgá-la para que a música chegue aos ouvintes. Para isso, criar conteúdos de pré-lançamento, como teasers e links de pré-save, e investir em anúncios são algumas das estratégias utilizadas pela New Music Brasil.

E para quem deseja começar a investir em anúncios, Caroline Bezerra, que é responsável pela gestão de tráfego pago da New Music Brasil, explica que o artista deve procurar empresas e parceiros certificados por programas como Google Partners e Meta Business Partners.

Afinal, “como essas certificações possuem critérios rígidos e precisam ser renovadas constantemente, você tem a garantia de que seus parceiros estarão sempre atualizados sobre as últimas tendências e novidades do mercado digital”, aponta a especialista.

Indústria da música: a luta pelo destaque nas plataformas de streaming

Com milhões de faixas disponíveis nas plataformas digitais, e o crescimento contínuo do mercado, saber quando e como lançar um novo projeto é fundamental para alcançar o sucesso na indústria da música.

De acordo com informações da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), a indústria da música brasileira cresceu 15,4% em 2022. O número está acima da média global, que foi de 9% no mesmo período. Isso ocorreu especialmente devido ao impulso dos serviços de streaming, que atualmente representam 86,2% das receitas totais da indústria da música. Com isso, o Brasil chegou a 9ª posição no ranking global.

O relatório do IFPI também indica que a indústria fonográfica nacional arrecadou R$ 2,5 bilhões em 2022. Além disso, segundo dados da Loud & Clear do Spotify, ano passado já haviam 158 milhões de faixas disponíveis na plataforma.

Dessa forma, conseguir destaque nos serviços de streaming é um desafio, e para contorná-lo diversos artistas apostam em estratégias de lançamentos constantes. Afinal, a própria estrutura dessas plataformas favorece o consumo de músicas novas. Contudo, publicar muitos conteúdos em um curto período de tempo nem sempre é o melhor caminho, ainda mais quando falamos em artistas independentes.

Lançamentos na indústria da música

“A constância dos lançamentos depende muito da capacidade criativa e financeira do artista. Ou seja, não adianta lançar com frequência sem ter um projeto artístico, e isso precisa ser avaliado caso a caso, de acordo com o perfil do artista e do seu público-alvo”, explica Eriton Bezerra, CEO da New Music Brasil.

Empresa especializada na indústria da música, a New Music Brasil tem centenas de artistas independentes em seu catálogo. E para elaborar o plano de carreira de cada um, a empresa foca no potencial de crescimento de seus artistas, buscando auxiliá-los a construir uma “personalidade musical”, nas palavras do CEO. A partir daí, são elaboradas as estratégias de lançamento que melhor atendam às necessidades e condições do artista.

Em outras palavras, não existe uma fórmula ideal que se aplica a todos os artistas. Ainda que os serviços de streaming favoreçam a lógica de lançamentos constantes, fatores como a condição financeira e personalidade musical do artista, além das características do público-alvo, precisam ser levados em consideração.

Quando uma música deixa de ser novidade na indústria?

Eriton Bezerra explica que a primeira semana após o lançamento de uma música é fundamental para atrair a atenção dos ouvintes pela novidade. Além disso, conforme análise da British Phonographic Industry (BPI), duas semanas é o tempo que uma faixa pode levar para atingir seu pico comercial após o lançamento. Ao mesmo tempo, faixas com mais de um ano são atualmente definidas pelos players de mercado (gravadoras e selos) como catálogo.

No entanto, o desempenho das músicas nas plataformas digitais pode crescer em até 12 meses. “Se olharmos para os analíticos, a grande maioria das músicas de maior performance no meio digital chegam no seu melhor desempenho entre 5 e 10 meses após a publicação, praticamente no momento em que a música começa o seu caminho para virar uma faixa de catálogo”, comenta Eriton.

Já no segundo ano, o desempenho de uma música cai em média 65%, e segue caindo até se estabilizar como faixa de catálogo, mantendo um consumo em torno de 10 a 15%, na comparação com o primeiro ano, segundo Eriton Bezerra.

Lançamentos ou catálogos: no que investir?

Recentemente, um dos maiores players da indústria da música do mundo anunciou que não fará mais distinção entre lançamentos de músicas novas e músicas de catálogo. A proposta visa promover todas as faixas da empresa com o mesmo empenho.

Para Eriton Bezerra, “são dois caminhos diferentes, ambos muito importantes. Investir em catálogos faz muito sentido quando pensamos em projetos de carreira. Já o repertório de artistas emergentes tem maior apoio nos lançamentos. A melhor estratégia é mesclar os dois caminhos, sempre segundo o perfil de cada artista e gênero musical”.

A importância do marketing digital na indústria da música

Além da distribuição estratégica, o marketing digital é essencial para o sucesso de uma música. Por isso, a New Music Brasil explica a importância do marketing musical digital na atualidade.

Com a popularização de plataformas de streaming como o Spotify, Deezer e Apple Music, os profissionais da música voltaram seus esforços de divulgação para o digital, revolucionando a forma como o lançamento de músicas é realizado. Além da distribuição estratégica nos serviços de streaming, outro ponto fundamental para o sucesso de uma música na atualidade é o marketing digital.

Sem o trabalho de profissionais de marketing e um investimento significativo para produção, dificilmente uma música se destaca nas paradas musicais. Isso ocorre porque há uma sobrecarga de conteúdos disponíveis para os ouvintes nas plataformas de streaming.

No Spotify, por exemplo, mais de 100 mil músicas são adicionadas diariamente, segundo o CEO Daniel Ek. Conforme dados da Loud & Clear do Spotify, em 2022 já haviam 158 milhões de faixas disponíveis na plataforma. No entanto, 42% dessas músicas foram tocadas menos de 10 vezes, e 24% não foram ouvidas por ninguém, correspondendo a 38 milhões de músicas.

New Music Brasil e o marketing digital 

Para não entrar nesses 24%, uma música precisa chamar atenção, daí a importância do marketing digital. Percebendo este cenário, a New Music Brasil, empresa de distribuição e marketing digital de músicas, fundou o próprio departamento de marketing musical, ao invés de recorrer a agências terceirizadas.

“Em 2019, éramos apenas quatro colaboradores. Porém, com o ‘boom’ do digital, tornou-se necessário ampliar a equipe para atendermos às novas exigências da indústria. Desde que nos adequamos às estratégias atuais de distribuição e divulgação de músicas, a empresa teve o assombroso crescimento de 600%”, relata Caroline Bezerra, CMO da New Music Brasil.

“Divulgar as músicas no mundo digital é um dos grandes desafios para os artistas independentes da atualidade, exigindo trabalho, dedicação e capacitação contínua. Já vínhamos trabalhando desde 2019 para nos adequar a esse cenário, e com a pandemia, aceleramos os trabalhos, o que de certa forma nos deixou na vanguarda em relação a outros produtores de conteúdo”, conta Eriton Bezerra, CEO da New Music Brasil.

Hoje, a New Music Brasil é capaz de atender artistas dos mais variados gêneros e alcance. São centenas de campanhas de marketing bem-sucedidas no catálogo. Entre os singles de sucesso já lançados pela empresa estão: “Endereço da Zona”, de Brenno & Matheus, “Pegada da Roça”, de Bruno Reis e Thiago em parceria com Bruno e Barretto, e “Coração Bipolar”, de Zé Henrique e Gabriel em parceria com Ícaro e Gilmar.